Indústria 4.0 e seus impactos no trabalho e na vida das pessoas foi o eixo central dos debates
Escrito por: Redação CNTRV.
Realizado nos dias 13 e 14 de setembro, em Praia Grande, litoral paulista, o segundo encontro de jovens sindicalistas ligados à IndustriALL (entidade global que representa trabalhadores dos setores metalúrgico, químico e têxtil/vestuário) debateu as transformações no mundo do trabalho decorrentes do processo de consolidação da Indústria 4.0. Jocelaine Marcelino de Souza, dirigente do Sindicato dos Calçadistas de Riozinho/RS, e Wellington Silva, do Sindicato dos Calçadistas de Itapetinga, interior da Bahia, participam do projeto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV.
Jocelaine é uma das representantes do Ramo Vestuário
Nova revolução industrial
A Indústria 4.0 é considerada por muitos especialistas como a quarta revolução industrial. Embora já se faça presente em inúmeros processos produtivos, ela ainda é desconhecida pela grande maioria de trabalhadores. O segundo encontro do projeto denominado Educação e Potenciação Sindical Regional da IndustriALL na Amércia Latina e Caribe, (Clique aqui e saiba como foi o primeiro), levantou os principais debates sobre os impactos dessas mudanças tanto nos locais de trabalho quanto na sociedade.
Indústria 4.0 e emprego
Após precarizar as relações de trabalho e retirar drieitos por meio da reforma trabalhita, o governo brasileiro lançou em 2018 uma agenda que visa a ampliação da Indústria 4.0 no Brasil. Os trabalhadores criticam a centralidade do programa em automação da produção sem a promoção de um debate social sobre alternativas para a manutenção dos empregos. A CUT cita os exemplos de países como a Alemanha e o Japão, que debatem democraticamente o tema há mais tempo e lideram esse processo de inovação. Nestas países, soluções como a redução da jornada de trabalho e a criação de novos vagas na economia criativa, são alternativas para a diminuição da necessidade da mão de obra humana em determidos processos da produção industrial.
Saiba mais:
Clique aqui e baixe o boletim especial sobre o Indústria 4.0 produzido pelo Sindicato dos Químicos do ABC para o projeto Ação Frente às Multinacionais na América Latina.
Grupo é formado por jovens sindicalistas dos setores químico, metalúrgico e vestuário